Muita gente se revoltou com as modificações que o aplicativo realizou, uma vez que aparecerá apenas o conteúdo que você interagir. Uma atualização que tornou a rede social mais parecida com o Facebook.
Letícia de OliveiraAfinal, o que está acontecendo com o Instagram?
Criado em 2010, o aplicativo resolveu fazer transformações que geraram uma verdadeira revolução digital. Usuários “foram às ruas” e reivindicaram seus direitos enquanto seguidores democráticos, que só querem que o conteúdo os quais têm acesso, ou aqueles que postam, tenham direitos iguais e cronológicos.
Mas como assim? Então, as mudanças propostas pelo Instagram foram as seguintes: atualmente a linha do tempo dos usuários é definida cronologicamente, ou seja, você consegue ver todos os posts de todos que você segue, sem filtros, ponderações ou pré-requisitos. Com as novas propostas do aplicativo, assim como o Facebook, a timeline veiculará apenas posts relativos ao conteúdo que você mais interage.
Esse sistema de algoritmo será adotado pelo Instagram em breve. A revolta da maioria dos usuários exigiu um posicionamento do aplicativo, o qual anunciou que não fará as mudanças imediatamente, mas que amostras estão testando o novo jeito de interação.
As reações negativas às mudanças dizem muito sobre o perfil das pessoas que usam o Instagram para se comunicar. O Facebook já possui o sistema de algarismo para selecionar o conteúdo, creditando ao Instagram uma identidade mais alternativa e cult, uma rede social mais democrática e não dominada pelos interesses pontualmente comerciais. A rede social, que possui mais de 400 milhões de usuários ativos, reúne um público interessado em conteúdos mais pessoais e esteticamente atraentes.
Os usuários também alegaram a possibilidade de serem privados de posts que, por não fazerem parte de um conteúdo de interação constante, desapareceriam de suas linhas do tempo, consequência de uma efetiva intervenção do aplicativo. Essa seleção de conteúdo, além de impedir novas descobertas e aproximações, expõe o usuário sempre ao mesmo conteúdo e às mesmas pessoas.
Esses pontos fracos que as transformações que o Instagram promoverá em breve, mobilizou muita gente, desde usuários até agentes de comunicação. Isso devido, por um lado, como dito anteriormente, haverá limitações para conteúdos diferenciados; por outro, agências e seus clientes deverão reinventar suas campanhas no aplicativo, exigindo maiores investimentos.