Referência é o que não falta na 5ª Bienal Internacional de Gravura

Primeiro mês do ano com um final especial – e inusitado. Nossa equipe foi dar uma conferida na 5ª Bienal Internacional de Gravura Lívio Abramo, que rolou nos dois últimos meses na Casa de Cultura Luís Antônio Martinez Corrêa, em Araraquara.

Quem é, o que é e como foi?

Um dos orgulhos da “morada do sol”, Lívio Abramo foi gravador, desenhista e pintor de renome internacional, e empresta seu nome para homenagem da bienal de gravura, área na qual se tornou expoente da arte. Nossa equipe pode conferir de perto gravuras e xilogravuras – esta última, uma técnica em que se utiliza madeira como matriz. A superfície não escavada, a que fica em alto relevo, é a que recebe tinta para que aconteça a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte. No Brasil, também foi e é muito utilizada na ilustração da literatura de cordel, feita principalmente no Nordeste.

Nesta 5ª edição, foram expostas setenta e quatro obras de doze países: Brasil, Paraguai, México, Rússia, Argentina, Itália, Índia, Espanha, Venezuela, Cuba, Japão e França. A mostra inclui obras do próprio Lívio e também de Maria Bonomi, guardiã da memória e obra do araraquarense, de quem foi aluna e amiga por toda vida, e que é a homenageada dessa edição, cuja visita à exposição também aconteceu há poucos dias.

Trata-se de um evento simples e objetivo, mas com um conteúdo de grandeza para a arte moderna, ao nosso alcance, num país tão carente de momentos culturais e também de referências, como Lívio Abramo. Em cada obra, uma imensa janela de possibilidades, pelas quais a arte revela a vida, em suas alegrias e angústias.

Vale a visita e a experiência incrível de ter contato direto com as obras. Mas é preciso correr, pois a 5ª Bienal Internacional de Gravura Lívio Abramo estará aberta ao público somente até a próxima quarta, dia 30 de janeiro e se encerra às 19h.