A comunicação de marca tem sido questionada pelo uso - e reforço - de estereótipos e clichês em seus anúncios.
Marcia CeschiniEstereótipos na comunicação
Já há algum tempo, a comunicação de marca, mais especificamente a propaganda, tem sido questionada pelo uso – e reforço – de estereótipos e clichês em seus anúncios. Esse foi o tema debatido pela nossa equipe já pensando nas ações para o dia da mulher e para o texto desta semana
O texto do Ricardo Sales chamou nossa atenção justamente por colocar o dedo no mesmo assunto. O autor fala das campanhas aspiracionais e estereotipadas que os anúncios criaram por muito tempo: famílias felizes em comercial de margarina, loiras e aqueles tipos de anúncios que buscavam nos persuadir a consumir determinada marca ou produto.
O comportamento do consumidor
Só que hoje em dia isso mudou. O principal fator é o comportamento do consumidor que não é mais passivo ao que a comunicação tenta vender. Antes a comunicação e o marketing criavam comportamentos e gatilhos de compra. Hoje, as marcas inteligentes, estudam esses gatilhos por meio do neuromarketing e da neurociência, e criam campanhas e comunicação que gerem valor agregado à marca, como fidelidade e relacionamento.
Mas, para conseguir esse resultado, as marcas de sucesso têm olhado realmente para seu público e procurado entendê-lo melhor e representá-lo em sua comunicação de marca. Assim, a mulher, o negro, o gordo, o público LGBT, entre outras representatividades, se sentem inseridos nessa comunicação e veem a marca como algo próximo de suas realidades.
Como fazer uma comunicação que atraia o novo consumidor
Esse novo consumidor não se intimida nem aceita uma comunicação preconceituosa, machista ou que o rotule. É preciso investir cada vez mais em diversidade na comunicação.
Na moda temos visto o crescimento do genderless (sem gênero), assim como no mundo dos brinquedos, em que algumas marcas veiculam propaganda incentivando a compra por brinquedos para ambos os sexos.
A nossa população é feita de uma mistura de etnias e culturas, assim, limitar a comunicação a um ou três tipos de pessoas, ou querer impor um conceito, é dar um tiro no pé. Um bom exemplo de reposicionamento é o que a cerveja Skol fez recentemente. Conhecida por suas campanhas altamente focadas no subjetivismo da mulher, eles criaram a ação Reposter: convidaram ilustradoras para criar novos cartazes a partir dos antigos, criados e veiculados pela marca, em que o apelo era o corpo da mulher.
Para finalizar, a agência que não entende esse novo cenário, tende a fazer entregas não tão assertivas e que podem comprometer a comunicação do cliente. Afinal, nem sempre o cliente sabe o que quer e cabe à agência orientá-lo nas melhores estratégias para alcançar os resultados e transformar o seu consumidor em advogado da marca, fidelizando a sua escolha na hora da compra do produto ou serviço. É isso que faz a Chilli360, uma comunicação feita por pessoas e focada nas pessoas. É uma comunicação para você!